Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) novel Chapter 690

Capítulo 690 

Neste mundo, nem todo esforço é recompensado. 

Para a maioria das pessoas, o esforço é em vão. 

Destino, sorte e karma determinam nossa vida; podemos planejar, mas o sucesso está nas mãos do destino. 

Aqueles com um destino ruim e sem sorte, não importa o quanto tentem, apenas giram em círculos em sua própria classe. 

Apenas um punhado de pessoas que trabalham duro e têm sorte consegue romper as correntes de sua classe e ascender à alta sociedade. 

Bárbara suspirou com tristeza; ela também havia nascido em uma família rica e feliz. Se não fosse por aquele terrível acidente de avião, ela ainda estaria desfrutando dos mimos e do carinho de seus pais. 

A vida é imprevisível. 

Depois do café da manhã, todos foram remar no lago. 

Angela, Justina, Ramalho e Galeno estavam no mesmo barco. 

Justina era a única que estava remando. 

Ângela perguntou casualmente: “Ramalho, você perguntou se a tia Zito tinha vindo para a Cidade Mar, sabe o que sua tía disse?” 

“O que ela disse?” – Ramalho olhou para ela com os olhos arregalados. 

Ângela baixou o tom de voz: “Ela disse que o Zito é um irmão que você inventou. Que o Zito nem sequer existe“. 

Ramalho estufou as bochechas: “Eu sabia que a tia ia dizer isso, ela e… O pai e a mãe também dizem isso. Eles só acreditam nela, não em mim, acham que eu tenho uma doença fantasiosa. Angel, você também não acredita em mim?” 

Ângela balançou a cabeça: “Claro que acredito em você, Ramalho. Só acho estranho que sua tia negue a existência do Zito.” 

“Porque as coisas que o Zito faz não são boas, a tia tem medo… que ele seja pego pela polícia.” – Ramalho explicou com seriedade. 

Ângela olhou mais profundamente. 

Ela tinha de admitir que Íris era uma mulher astuta. 

Um filho exposto à luz e outro nas sombras. 

Como Ramalho era mentalmente imaturo, era difícil para a família Valentim acreditar em suas palavras, muito menos que Íris faria algo ruim ao próprio filho. 

“Por que sua tia não o aconselha a não fazer essas coisas?” 

Ramalho bufou: “A tia não acha errado, ela até… sempre elogiou o Zito por ser inteligente e capaz, muito mais do que eu.” 

Galeno deu um tapinha em seu ombro: “O Zito não é nada comparado ao primo dele, você é o mais incrível“. 

Ramalho coçou a cabeça e sorriu. Com Anjo e Galeno acreditando nele, ele se sentiu aliviado. 

No outro barco, Íris os observava. 

Ela não queria que seu filho se aproximasse muito de Ângela, temendo que ele fosse influenciado. 

Quando ela decidiu mandar Ramalho para o Cidade Mar, não havia previsto isso. 

Não esperava que Ângela tivesse tanto poder sobre seu filho, fazendo–o obedecer e vendo–a como um anjo redentor. 

Leila e Bárbara estavam no mesmo barco que ela. 

Os olhos de Leila estavam fixos no barco de Felipe e Deise. 

Ela queria se juntar a eles, mas Felipe recusqu, levando apenas Deise e deixando Ângela de fora. 

O sorriso triunfante no rosto de Deise era como uma provocação para Leila, quase a deixando louca. 

Íris percebeu a expressão frustrada de Leila: “Desse jeito, você só vai fazer com que Felipe a odeie e se afaste ainda mais“. Leila discordou: “Se eu fechar os olhos para essas raposas tentadoras que o cercam, como ficaria minha posição?” “Lembre–se de como sua sogra agiu. Se você conseguir o apoio dela, quem poderá tomar o seu lugar?” – sussurrou Íris. 

Sempre que a matriarca era mencionada, Leila ficava furiosa: “A velha senhora só tinha olhos para Ângela, foi ela quem me barrou na porta. Antes, ela gostava muito de mim, mas certamente foi Ângela quem falou mal de mim pelas costas, jogou lama em minha reputação e causou todos esses desentendimentos.”